quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Oração a Nossa Senhora de Fátima



Para pedir serenidade e discernimento na hora do desespero e das decisões difíceis
Virgem de Fátima, Serva fiel e cheia de santa sabedoria, Templo radiante do Espírito Santo de Deus. Seja meu socorro nesta hora tão difícil, de sombras, de angústias. Sinto-me frágil e cheio de fraqueza. O medo parece ser maior que minha vontade, a tristeza parece querer tomar conta de meus dias. Fica a meu lado, Mãe dos aflitos e dos desesperados. Não sei o que fazer, mas confio em teu amor de Mãe, em ti encontro abrigo e consolo. Ensina-me a agir e a enfrentar as adversidades como Jesus o faria. Coloca em meu coração e em meus lábios os sentimentos e as palavras dele. Que seu Santo Espírito ilumine meus passos.

Amém.


Para pedir saúde
Senhora de Fátima, Mãe amorosa de todos os que sofrem no corpo e na alma. Cuida da saúde de teus filhos, alivia as dores e as doenças que nos afligem que nos desconcertam e nos fragilizam. Peça a teu Filho amado que tantos doentes curou pelas estradas de seu tempo, que tenha compaixão de nós, que seja Ele a nossa força. Que seja por Ele nosso sofrimento. Que Deus nos dê saúde para servi-Lo sempre, para cuidarmos uns dos outros. Mas que acima de tudo e sempre, seja feita a vontade de Deus Pai, que cuida de nós com infinito amor e incomparável ternura. Toma-nos pelas mãos, Mãe tão querida, e leva-nos a Jesus.

Amém.


Oração para pedir Confiança (de São Bernardo)
Lembrai-Vos o piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à vossa intercessão, implorado a vossa assistência, reclamado o vosso socorro fosse por Vos desamparado. Animado eu pois com igual confiança, a Vos ó Virgem entre todas singular, como mãe recorro e de Vos me valho, e gemendo sob o peso de meus pecados me prosto a vossos pés. Não desprezeis a minha súplica, ó Mãe do Verbo de Deus humanado, mas dignai-vos a ouvir-me atenta e propícia e alcançar-me o que vos rogo.

Assim seja.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Nossa Senhora de Crea



A região italiana do Piemonte, localizada junto aos Alpes, divisa com a França, é uma das mais belas da Europa. Pois neste verdadeiro paraíso da natureza, no Monte de Crea, próximo de 350 depois de Cristo, Santo Eusébio, Bispo de Vercelli, mandou erguer uma capela em honra à Nossa Senhora. A intenção foi santificar o lugar, antes consagrado às divindades pagãs.

Dez anos depois o próprio Santo trouxe do Oriente, onde esteve exilado, três estatuas da Virgem Maria. Uma mandou para a capela de Crea e as outras duas enviou à Sardenha, sua terra natal. Estas informações foram retiradas nos seus manuscritos encontrados nos arquivos da diocese de Vercelli, datados do seu episcopado.

A antiga estátua de Nossa Senhora de Crea, foi exposta à uma longa investigação cientifica durante sua restauração, concluída em 1981. Por isto, perdeu a cor negra original e poética do restrito grupo das 'Nossas Senhoras Negras ou Morenas' a que pertence.

A capela desta devoção, verdadeira relíquia da Igreja primitiva e o coração do Santuário de Crea, também teve de ser reconstruída, ao longo dos séculos. No início do segundo milênio se estabeleceram no convento de Crea os cônegos regulares de Asti.

Em 1483, depois de uma breve permanência dos Servitas, foram sucedidos pelos monges Lateranenses. É à presença destes homens de grande cultura e sensibilidade artística, embasados na sólida formação religiosa ditada pela Ordem, que devemos o desenvolvimento do Santuário do Sagrado Monte de Crea, hoje rota obrigatória de todos os cristãos do mundo Oriental e Ocidental.

Durante dezoito anos, desde 1801 a capela e o convento de Crea ficaram abandonados, após os sucessivos saques ocorridos durante sangrentas disputas militares. Passado este período, em 1820, a Santa Sé deu a guarda do Santuário à primorosa Ordem dos Frades Menores da observância.

No dia 05 de agosto de 1890, quando o árduo trabalho de recuperação já era considerável, a venerada escultura de Nossa Senhora de Crea recebeu o manto de rainha e foi solenemente coroada, junto com o Menino Jesus que porta nos braços. Assim esta data foi oficializada para sua festa anual.
Os franciscanos demoraram cento e setenta anos para o Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Monte de Crea recuperar ao seu primitivo esplendor a desempenhar a função de 'Cidade do Espírito' proposta por seu fundador, Santo Eusébio de Verselli. Nos últimos tempos o local se tornou um importante centro de eventos marianos para o mundo cristão. Mas sempre contando com a crescente afluência de peregrinos e romeiros devotos de Maria.

Em 1980 o governo italiano demarcou a área do Santuário como reserva ecológica, a qual foi doada ao Vaticano, para sua preservação.

Desde 1992 este Santuário mariano está sob custódia dos sacerdotes da diocese de Casale Monferrato.
(fonte: Paulinas)


Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá




Chiquinquirá é uma pequena cidade situada às margens do rio Suárez, na Colômbia. É também conhecida como capital da província do ocidente e capital religiosa da nação. Seu nome, na língua dos índios chibcha, significa 'povo sacerdotal'.



No século XVI, os missionários dominicanos chegaram na Colômbia, portando a imagem de Nossa Senhora para converter os indígenas ao catolicismo. Um dos colonizadores era Dom Antonio de Santana um homem muito rico, designado como administrador das aldeias de Sutmarchán e Chiquinquirá.



Devoto da Virgem do Rosário ele pediu ao padre dominicano, André Jadraque, que providenciasse uma imagem dessa invocação para colocar na capela erguida em Sutmarchán. A encomenda foi passada ao pintor Alonso de Narváez, radicado na região. Num tecido rústico de algodão fabricado pelos índios, o artista pintou a imagem de Maria do Rosário ladeada pelos Apóstolo Santo André e Santo Antonio de Pádua. A inclusão dos dois santos foi iniciativa de Alonso, pois sobrara espaço suficiente na tela para homenagear os padroeiros do padre e do administrador, seus clientes.



O quadro foi colocado no altar da capela de Sutmarchán durante a missa de inauguração da capela, em 1562 e ficou exposto para veneração popular durante doze anos. Depois, já quase apagado e corroído pela umidade, foi levado à casa da fazenda dos Santana em Chiquinquirá.



Em 1577, Dom Antonio faleceu e a viúva Dona Joana, se retirou para aquela propriedade. Na arrumação da chegada, o quadro do Virgem do Rosário foi colocado num canto da capela e lá ficou esquecido. Oito anos depois chegou na fazenda Maria Ramos, uma cunhada do falecido Dom Antonio, vinda da Espanha para ajudar nos trabalhos domésticos da casa. A piedosa mulher não se acostumava à nova residência e ao clima do país, por isso rezava muito à Virgem Maria.



Certo dia resolveu organizar a capela e limpou o quadro da melhor maneira possível, mas não conseguiu saber de que devoção se tratava. Quando soube que era uma antiga pintura de Nossa Senhora do Rosário, pendurou o quadro num lugar de destaque da capela e passou a rezar diante dele. Algum tempo depois, Maria Ramos começou a suplicar à Virgem do Rosário que tivesse a felicidade de identificar o seu vulto naquele quadro, que mais parecia um borrão de tinta. E assim procedia diariamente durante a oração do Rosário.


Maria Ramos teve as preces atendidas no dia 26 de dezembro de 1586, quando ocorreu o milagre. Ela saia da capela quando uma índia cristã chamou sua atenção para a tela toda iluminada. Elas notaram que as cores do quadro ficaram mais fortes e a pintura voltou a ser nítida outra vez. As duas começaram a gritar felizes por Dona Joana. Então as três mulheres se ajoelharam diante da Virgem do Rosário e louvaram a Deus pela bondosa graça.



Naquele lugar, em 1608, foi construída uma igreja que se tornou Santuário e em 1812, foi consagrada Basílica dedicada a Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá.

Quatro anos depois, na luta da independência da Colômbia, a Virgem recebeu a mais alta patente do Exercito. E com a vitória o próprio Simon Bolívar, o libertador, humildemente foi à Basílica agradecer e depositar sua espada aos pés da Mãe Santíssima. O Papa Pio VII declarou solenemente Padroeira da Colômbia, Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, em 1829, para ser celebrada no dia 09 de julho. Mas o povo a homenageia também em 26 de dezembro, data do primeiro milagre do quadro.

A coroação canônica ocorreu em 1919. Em 18 de novembro de 1794, se repetiu o milagre da renovação da imagem dessa invocação, desta vez pintada em madeira, na cidade de Maracaibo, Venezuela. Uma igreja foi erguida no local do prodígio. A fama dos milagres se manteve vigorosa através dos tempos e os venezuelanos passaram a invocar 'La Chinita', como amorosamente nomearam a Virgem do Rosário de Maracaibo.

Assim, em 18 de novembro de 1942, a Igreja Católica coroou canonicamente a imagem da Padroeira de Maracaibo. Foi a primeira celebração oficial no seu dia. Além disso, a igreja onde se venera a imagem milagrosa venezuelana foi consagrada como: Basílica

Site: http://www.fatima.com.br/

Nossa Senhora de Akita


A jovem Agnes Katsuko Sasagawa era uma catequista na igreja Myokô-Kogen quando adoeceu e perdeu definitivamente a audição. Inclusive o médico que a tratou no hospital público de Joetsu lhe forneceu o documento referente à pensão que teria direito do governo, pois a lesão era total nos dois ouvidos.

Agnes entendeu que Deus a chamava para a vida de oração e ingressou no Instituto das Servas da Eucaristia em Akita. Alí se tornou a protagonista das aparições da Virgem Maria, jamais ocorridas antes no Japão.


Tudo começou em 1969.

Agnes rezava seu Rosário quando um anjo apareceu e lhe pediu para incluir entre as dezenas a oração ensinada por Nossa Senhora aos três pastorzinhos em Fátima. Embora surda, ela ouvira aquilo perfeitamente, obedeceu e nunca mais deixou de reza-la.

No dia 12 de junho de 1973 ouviu uma voz enquanto rezava e viu uma luz inundar a capela. Aquilo continuou acontecendo até o dia 28 de junho, quando acordou com a mão esquerda doendo e sangrando muito, devido a uma ferida que aparecerá em forma de cruz.

Agnes recebeu a primeira mensagem em 06 de julho. Ela rezava diante de Nossa Senhora, quando viu seu anjo da guarda e ouviu a voz de Maria vindo da imagem. Outras religiosas notaram o sangue caindo de ferida que surgira na mão esquerda da estátua, idêntica a de irmã Agnes.

A imagem de um metro de altura foi esculpida de um único bloco de madeira de uma árvore Katsura. Era uma reprodução daquela das aparições da Mãe de Deus à uma mulher em Amsterdã, após a Segunda Guerra Mundial, na Holanda.

Ao todo ocorreram quatro manifestações de sangue saindo da mão esquerda da escultura.

No dia 29 de setembro a ferida tinha desaparecido sem deixar marca e a imagem passou a apresentar um certo 'suor' na testa e pescoço.

Agnes recebeu a segunda mensagem em 03 de agosto e a terceira, no dia 13 de outubro de 1973. Mas por mais nove anos ela recebeu instruções do anjo que lhe falara no início.

A partir de 04 de janeiro de 1975, a imagem de Nossa Senhora de Akita passou a chorar. Em pouco mais que seis anos, a estátua verteu lágrimas por cento e uma vezes, em datas diversas. Uma delas chegou a ser registrada pelas câmaras de um canal de televisão que fazia um documentário sobre os fatos sobrenaturais de Akita.

Em 1984, após investigações científicas rigorosas, a veneração de Nossa Senhora de Akita foi aprovada pelo Bispo da diocese. Quatro anos depois a Santa Sé declarou autenticas as mensagens de Maria, em Akita, que pedem aos fiéis: oração, sacrifício e entregue total a Deus.

A aparição também é considerada uma nova manifestação de Nossa Senhora de Todos os Povos, que previra antes em Amsterdã, a conversão do Japão.

Fonte: Paulinas


Nossa Senhora das Três Mãos


É muito interessante essa devoção à Virgem das Três Mãos, cujo culto nasceu de um ícone milagroso da Mãe de Deus, que teria intercedido em um milagre alcançado por São João Damasceno, no século VIII.

Considerado o último dos Santos Padres Orientais, mais tarde declarado Doutor da Igreja, passou sua vida inteira sob o governo de um Califa muçulmano.

João nasceu numa família cristã, em 675, em Damasco, Síria. Nessa época as duas religiões ainda conviviam em relativa paz. Tanto, que seu pai, um cristão fervoroso, era um alto funcionário do Califa, o qual aprendeu a respeitar a sabedoria do pequeno João e acabou lhe dedicando uma sincera amizade.

Devido a sua cidade natal, na juventude João era chamado de 'o Damasceno' e se tornou um influente sacerdote da Igreja cristã da Síria. Foi um dos maiores e fortes defensores do culto das imagens sagradas no difícil período dos hereges iconoclastas. Mesmo atacando abertamente o governo muçulmano, sempre foi protegido das vinganças, pelo próprio Califa.

Diz a tradição, que insuflado por uma mentira que tornava João Damasceno um conspirador do governo, o Califa se sentiu traído pelo velho amigo. Por isso, ordenou que lhe cortasse a mão direita, conforme a lei muçulmana. João Damasceno, porém, profundo devoto de Maria, rezou com toda fé diante do seu ícone. No dia seguinte, a mão estava recolocada no lugar. Como prova de sua gratidão, ele pendurou uma mão de prata no ícone e mandou pintar um novo com esta mão votiva, diante do qual passou a fazer suas orações. Assim surgiu o ícone da 'Virgem das Três Mãos' e sua devoção.

Ao logo dos tempos o seu culto se difundiu e muitas cópias surgiram nos mosteiros e igrejas cristãs do Oriente. No século XIII, São Sabas, filho de Estêvão I, fundador da dinastia e do Estado independente da Sérvia, antes de se retirar para o mosteiro do Monte Athos, esteve em Jerusalém e levou para seu país um ícone de Nossa Senhora das Três Mãos, para ser venerado na Catedral da capital Sófia.

Mais tarde, seu pai abdicou o trono e se recolheu à vida religiosa. Então, juntos decidiram fundaram um mosteiro para os sérvios em Kilandar, chamado 'Mosteiro da Santíssima Mãe de Deus' ou 'Casa da Santíssima Mãe de Deus de Kilandar', um reconhecido centro religioso e cultural. Em 1459, a Sérvia ficou completamente sob o domínio dos turcos muçulmanos.

O ícone venerado em Sófia foi transferido para o Mosteiro de Kilandar, local que deu origem à outra tradição cristã. No início do século XVII, certo dia, os monges desse Mosteiro não conseguiam entrar em acordo para eleger o novo guia espiritual. Por isso, a Senhora das Três Mãos teria descido do altar para assumir essa função e comunicado os monges através de uma visão à um dos mais velhos.

Daquela época em diante os religiosos de Kilandar rendem à Virgem das Três Mãos todas as honras devidas, especialmente no dia 28 de junho sua festa anual.

Com base nessas e outras tradições, a terceira mão que aparece no ícone foi interpretada como: mão auxiliadora da Mãe de Deus que sempre intercede pelos fiéis junto ao Senhor.


Nossa Senhora do Vale de Catamarca (Argentina)


A predileção de Nossa Senhora pelos índios é notória.

Basta pensar em Nossa Senhora de Guadalupe, no México, Nossa Senhora de Coromoto, na Venezuela, Nossa Senhora de Las Lajas, na Colômbia, e tantas outras.

Por que esta predileção?

Porque uma mãe sempre se desvela por aqueles de seus filhos que mais necessitam. Ora, dada a triste condição espiritual em que se encontravam nossos índios na época dos descobrimentos, imersos nas trevas do paganismo, explica-se a solicitude da Mãe de Deus em converter e auxiliar esses seus filhos do Novo Mundo.

A imagem milagrosa prefere ficar entre os índios
Por volta de 1542, começaram os espanhóis a civilizar a zona norte da Argentina, onde se encontra o Vale de Catamarca. Diversas expedições foram percorrendo o país e fundando aldeias. Nelas, aos poucos iam se estabelecendo sacerdotes e povoadores católicos, que se empenhavam em fazer apostolado com os silvícolas.

Entre os índios dessa região destacavam-se os calchaquíes, muitos dos quais não demoraram em converter-se à santa Religião Católica. E, algum tempo depois, passaram a venerar uma imagem de Nossa Senhora que se encontrava na gruta de Ambato, perto do povoado de Choya. Era uma imagem de mármore, de 42 centímetros de altura, que representava a Imaculada Conceição.

Qual a origem dessa imagem?
Isto é objeto de apaixonados debates até hoje. Alguns supõem que a tenha levado São Francisco Solano, o qual pregou missões naquelas paragens. Outros julgam que foram os padres jesuítas. Entre os índios da região era crença geral que o próprio Deus formou a imagem e a colocou na gruta de Ambato.Os espanhóis tomaram conhecimento da existência da imagem em 1630, pois um dos índios comunicou o fato à autoridade daquela região, Dom Manuel de Salazar, administrador do Vale e defensor dos indígenas.

Este cavaleiro, bom cristão e de origem nobre, atuou como deve fazer uma verdadeira autoridade nestes casos: de forma discreta mas eficaz. Foi verificar se era procedente a comunicação, pois temia que os índios estivessem adorando algum ídolo.

Confirmando não haver nada de pagão naquela devoção, tentou convencer os índios a levarem a imagem para a cidade dos espanhóis. Estes, contudo, não o quiseram. Chegaram até a montar guarda diante da imagem, para evitar qualquer problema. Afinal, após verem que a imagem sorria e refletia uma luz no olhar, consentiram na trasladação. Esta foi levada para um altar na casa do próprio Salazar, onde começou a operar prodígios.Mas Nossa Senhora, com saudades de seus índios, fugiu para a primitiva gruta.

Os espanhóis primeiro pensaram que os índios a tinham levado, mas depois comprovaram que estes nada tinham a ver com o desaparecimento. Levaram-na de volta a imagem para a cidade, mas ela várias vezes retornou à gruta.Isto perdurou até que foi edificada uma igreja para a milagrosa imagem, tendo-se destacado especialmente os índios nessa construção.

Apostasia dos índios afasta Nossa Senhora
Infelizmente, o coração humano é inconstante. Quem diria que a tribo dos calchaquíes, para a qual a imagem aparecera, tornar-se-ia uma das mais terríveis inimigas da civilização católica na região?

Cumprir os Mandamentos divinos é difícil. Às vezes, pessoas recém-convertidas à verdadeira Fé progridem na vida espiritual, mas depois abandonam a prática da virtude e tornam-se piores do que eram antes da conversão - 'Quanto maior a altura, maior o tombo'...

Com a perversão dos índios calchaquíes, a imagem de Nossa Senhora tornou a desaparecer da igreja, mas não para apoiá-los em sua revolta contra os católicos. Pelo contrário, mostrou-lhes seu desgosto com a apostasia. Os documentos da época atestam que os mais terríveis combates da rebelião indígena coincidem com novas desaparições da imagem, a qual retornava à igreja com o manto cheio de pó, salpicado de barro, com pequenas folhas grudadas e a face ruborizada.

Foi especialmente notória a aparição de Nossa Senhora aos indígenas durante o ataque à cidade de Valle Viejo e ao forte São Bernardo, em 1658.

Quando, 10 anos após esse ataque, desejando os espanhóis lembrar a vitória, levaram alguns índios prisioneiros à igreja onde se encontrava a imagem, estes começaram a gritar e a pedir para sair da Igreja. Por que razão?

Observando a face da imagem, reconheceram nela a 'guerreira que vimos em muitas batalhas'. E ficaram apavorados.Que triste reviravolta! Tão amados da Virgem, a ponto de Ela deixar outros filhos para permanecer junto a seus filhos indígenas. E depois tão infiéis, a ponto de se aterrorizarem com Ela!

Socorro materno para os filhos fiéis
Mas se nos mantivermos fiéis e não relativizarmos nossa Fé, poderemos presenciar milagres como o ocorrido com um devoto de Nossa Senhora de Catamarca. Após recuperar a saúde graças à intercessão da Virgem, ele decidiu fazer uma peregrinação até seu Santuário, para agradecer-lhe o favor. Tendo atingido a região de Salinas, seca por excelência, faltou-lhe água. Estava para morrer, quando encontrou um jarro de prata cheio de água. Ficou muito surpreso, pois encontrar água já teria sido um prodígio, mas outro prodígio é encontrá-la num jarro de prata de muito valor, em pleno deserto.

Decidiu então levá-lo ao Santuário, em agradecimento a Nossa Senhora. Qual não foi sua surpresa quando, ao entrar na sacristia, tomou conhecimento de que esse mesmo jarro havia desaparecido misteriosamente do Santuário na data em que ele o encontrara no deserto...

Pensemos nesses fatos: alguns tinham tudo e tudo perderam pelo pecado; outro nada tinha e estava às portas da morte; foi salvo pela devoção a Nossa Senhora.

Sejamos como este filho confiante e fiel!!!

Fonte: Valdis Grinstein em 'Catolicismo'


Nossa Senhora da Ponte, Padroeira de Sorocaba


Quem não precisou, em determinado momento da vida, passar por algum obstáculo que, por suas próprias forças, não conseguiria transpor? E quem melhor do que Nossa Senhora para nos auxiliar a transpor os abismos que defrontamos em nossa vida?

Assim como as pontes nos possibilitam atravessar obstáculos geográficos, Maria Santíssima é a ponte que nos conduz ao Céu.Nascimento de uma devoção Muitas vezes, surgem situações nas quais as pessoas pedem a proteção materna de Nossa Senhora sem pensar em realidades etéreas e metafísicas.

E, por vezes, isso pode ocorrer ao se transpor uma ponte, uma vulgar e despretensiosa ponte. Por exemplo, na França medieval, no século XII, o seguinte episódio deu origem à devoção conhecida como Notre Dame du Pont (Nossa Senhora da Ponte). Em 1198 o Rei Felipe Augusto, da França (avô de São Luiz IX), foi socorrer a cidade de Gisors, cercada por seu rival, o Rei da Inglaterra Ricardo Coração de Leão.

Conseguiu Felipe Augusto passar entre as tropas inimigas para entrar na cidade. Mas, no momento em que atravessava a ponte sobre o rio Epte, esta cedeu sob o peso do exército e o Rei caiu na água. Cair num rio portando pesada armadura não é situação invejável... O Rei invocou Nossa Senhora e conseguiu chegar salvo à margem.

Para agradecer à Virgem Santíssima, mandou dourar uma imagem de Nossa Senhora, que colocou na nova ponte à entrada da cidade. Nasceu assim uma devoção. Desconhecemos como terá surgido a invocação de Nossa Senhora da Ponte em Saint-Junien-sur-Vienne, na diocese de Limoges (França). Esta é antiga, pois o Rei francês Luiz XI foi duas vezes lá em peregrinação, já em 1465.

Em Portugal existe uma cidade chamada Ponte de Lima, a qual pode bem ter nascido próximo à ermida que havia junto à ponte que cruza o rio. Também na cidade de Villarica, no Paraguai, existia uma devoção de Nossa Senhora da Ponte.

Devoção de Nossa Senhora da Ponte em Sorocaba
Em 1590, foi construída uma ponte na região de Sorocaba, Estado de São Paulo, para dar passagem à expedição de Afonso Sardinha, a qual visava explorar as minas de ferro do morro de Ipanema.

A expedição acabou fundando uma cidade que não vingou. Mas a ponte ficou, e lá estava quando veio Baltazar Fernandes, de Sant'Ana do Parnaíba, com sua família, colonos e escravos. Ele fixou-se na região, surgindo então a atual cidade de Sorocaba.

Baltazar Fernandes levou uma imagem de Nossa Senhora. Para a cultuar devidamente, construiu uma capela dedicada a Nossa Senhora da Ponte.

Talvez seja a mesma capela que ainda existia em 1820, junto a uma velha ponte de madeira que atravessava o rio Tietê, perto do salto de Itu.

Por que essa imagem intitulava-se da Ponte?

Por estar junto à ponte de madeira?

Ou possuía Baltazar Fernandes uma cópia da imagem portuguesa de Ponte de Lima?

Nada ficou registrado. Pode também ser ela cópia da imagem paraguaia, pois o vigário da cidade de Villarica era muito amigo do fundador de Sorocaba, cuja esposa era oriunda de família espanhola.

Seja como for, a invocação a Nossa Senhora da Ponte ficou conhecida e permanece até nossos dias. Quem ainda hoje visita a atual Catedral da cidade, encontra uma imagem barroca do século XVIII, muito provavelmente de origem portuguesa, que representa Nossa Senhora de pé, tendo o Menino Jesus em seu braço esquerdo.

Quantas pessoas já invocaram a Virgem Santíssima diante dessa imagem! E a quantas ela terá ajudado a transpor a ponte da eternidade! Uma caraterística das obras católicas é de serem belas e práticas.

E se uma ponte nos lembra Nossa Senhora, o que pode haver de mais belo e mais prático?

Fonte: Valdis Grinsteins na Revista Catolicismo


Nossa Senhora do Rosário do Cabo


Essa invocação da Padroeira do Canadá recorda-nos a perseverança que devemos ter nas situações adversas desta vida e, por meio de nossa fidelidade, atrair a bênção de Deus e a proteção da Virgem Santíssima.

A imagem que a imensa maioria das pessoas tem do Canadá está ligada à neve, a um intenso frio e muito gelo. De fato assim é, mas por vezes ocorre que, por permissão de Deus, o clima pode mudar e resolver situações difíceis.

O que no Brasil poderia causar uma certa graça, entretanto foi, no caso concreto, uma história muito real que começa em 1867. Naquele ano, a população da cidade de Cap-de-la-Madeleine era constituída apenas por 1.300 pessoas. Iniciara-se uma renovação na piedade da população. O pároco local, Pe. Désilets, criara uma confraria do Santo Rosário, na qual rapidamente inscreveram-se muitas pessoas, não só da cidade, mas também dos arredores, num total de 3.000 almas.

O crescimento numérico de católicos praticantes representou, para o zeloso sacerdote, um problema: era preciso construir uma igreja maior. A pequenina igreja edificada em 1714 não comportava mais o número crescente de fiéis. Mas, como fazê-lo? As pessoas da localidade não eram ricas, e, além do mais, o terreno era muito arenoso, havendo pouca pedra. Afinal, uma decisão foi tomada: construir-se-ia a nova igreja no início de 1879. Para isso, era preciso trasladar as pedras que se podiam obter do outro lado do rio. Transportá-las por barco seria muito custoso, e decidiu-se então que o transporte seria efetuado no inverno, quando o rio ficasse congelado. Entretanto, justamente naquele ano o inverno fora muito menos rigoroso, e o rio não congelara.

Chegou o Natal, passou o Ano Novo, terminou janeiro... e nada. Poder-se-ia ainda esperar, porque fevereiro também era um mês muito frio. Mas nada de congelamento. Considerando a possibilidade de passar mais um ano numa igreja apertada e sem condições para receber todos os fiéis, os católicos começaram a rezar o Rosário na intenção de que o rio se congelasse.

Iniciou-se o mês de março, e ainda nada. Se no inverno o rio não se congelara - pensariam os céticos -- dificilmente congelar-se-ia em março, início da primavera. Mas os católicos não desistiram. Afinal, Nossa Senhora é Rainha, e pode perfeitamente solucionar esses problemas.

Em meados de março, o Padre Désilets encontrava-se realmente preocupado. Não pela piedade do povo, que se mantinha firme rezando o Rosário em conjunto todos os domingos, mas por prever mais um ano em que permaneceriam em condições precárias as atividades do culto na igrejinha. Devido a isso, ele fez uma promessa a Nossa Senhora: caso a ponte de gelo se formasse, ele consagraria a pequena igreja à Virgem Santíssima.

Ao entardecer do dia 16 de março, o esperado prodígio ocorreu: o rio se congelou e formou-se uma ponte de gelo de uns dois quilômetros, suficientemente firme para permitir a passagem dos trenós carregados de pedras.

Foi enviado um aviso a todos os colaboradores, e entre os dias 19 e 25 de março uma centena de trenós transportou todas as pedras necessárias para a construção da nova igreja. Logo depois o clima mudou e a ponte de gelo - chamada pelos católicos a ponte do Rosário - se desfez.

Satisfeitos por verem a proteção de Nossa Senhora quanto à nova igreja, os fiéis começaram com entusiasmo a construção. E no início do verão de 1880 ela estava pronta. A cerimônia da bênção da igreja foi realizada pelo bispo de Trois Rivières, Mons. Louis François Laflèche. A velha igreja foi poupada, e, curiosamente, será esta a que atrairá multidões no futuro.

O milagre do olhar
Até aqui, poder-se-ia dizer que a narração constitui a piedosa história de uma paróquia. Nada de estranho que o virtuoso sacerdote cumpra sua promessa feita à Virgem e lhe dedique a velha igrejinha, no dia 22 de junho de 1888.

Ele tinha preparado uma grande festa e convidado um renomado orador, o padre franciscano Frederik Jansoone. Após a cerimônia, foi colocada no altar-mor uma imagem de Nossa Senhora, que antes se encontrava num altar lateral da mesma igreja. Assim, a pequena igreja de Santa Maria Madalena passava a chamar-se igreja de Nossa Senhora do Santo Rosário.

Terminadas as cerimônias de consagração da igreja, três pessoas ainda se encontravam rezando no templo: o Pe. Désilets, o Pe. Jansoone e Pierre Lacroix, uma pessoa portadora de deficiências físicas. (1) De repente, acontece um milagre, assim descrito pelo padre Jansoone: 'A imagem da Virgem, que tinha os olhos completamente baixos, abriu-os totalmente. Seu olhar estava fixo, olhando adiante, bem em frente. Uma ilusão era difícil, pois sua face encontrava-se plenamente batida pelos raios do sol, que entravam por uma janela e iluminavam todo o santuário. Seus olhos eram negros, bem formados e em plena harmonia com o rosto. O olhar da Virgem era o de uma pessoa viva e tinha uma expressão de severidade misturada com tristeza.

Este prodígio durou entre cinco e dez minutos'. (2) A visão desse portento mudou totalmente a vida do Pe. Jansoone. Ele dedicou desde então toda sua vida a propagar a devoção a Nossa Senhora do Rosário do Cabo e foi o primeiro diretor das peregrinações, que duram até os dias de hoje.

Lição: vida terrena é luta.
Algumas pessoas, ao tomarem conhecimento desta narração, prestam muita atenção no milagre dos olhos e se esquecem da ponte do Rosário. Parece-nos mais simpático o que acontece, por assim dizer, sem esforço. Com efeito, aquilo que é extraordinário chama naturalmente muito a atenção. O fato de Nossa Senhora nos olhar, sem termos que fazer qualquer esforço, é admirável. Mas rezar com perseverança, confiar quando o Céu parece fechado para nós, acreditar quando tudo parece perdido, eis o que é difícil. Tal perseverança na desolação é o que atrai, de modo especial, as bênçãos de Nossa Senhora.

A vida real não é um filme de Hollywood, com soluções mágicas e finais felizes. Não foi assim a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, e não podemos esperar que a nossa o seja, pois 'christianus alter Christus' (o cristão é outro Cristo).

A realidade da vida é o combate, conforme a Igreja nos ensina: 'Militia est vita hominis super Terram'.(3) Devemos, pois, ficar contentes quando fatos extraordinários se produzem, mas devemos sobretudo estar preparados para enfrentar com confiança, coragem e perseverança todas as adversidades da vida. Eis uma importante lição que podemos tirar da história da Padroeira do Canadá.

Notas:


3. Livro de Jó, 7, 1. Fonte: Valdis Grinsteins em 'Catolicismo' de janeiro de 2005



Nossa Senhora de Constantinopla ou Nossa Senhora de Odighitria ou Nossa Senhora da Guia



10 de janeiro


A devoção de Nossa Senhora Odigitria surgiu na cidade de Constantinopla, no governo do imperador Justiniano. Entretanto a antiga tradição narra que sua origem procede da Síria, do primeiro século do Cristianismo.


Segundo a narrativa, a imagem desta invocação seria uma das três pintadas por São Lucas, o Evangelista, que viveu neste país. Porém este seria um ícone milagroso, pois quando lhe faltaram as forças e tendo a pintura da imagem para concluir, São Lucas implorou ajuda celestial da Santíssima Mãe e o próprio ícone concluiu a pintura da obra.


Depois da morte de São Lucas, o ícone da Mãe de Deus foi colocado para veneração dos fiéis na igreja de São Pedro em Gálata, na Síria.


Durante o Império Romano-Bizantino, antes da metade do século VI, a imperatriz Eudóxia enviou o referido ícone mariano, para Constantinopla para a imperatriz Santa Pulquéria que o colocou na mais bela igreja dedicada à Mãe de Deus que mandara construir, chamada de Ton Odegon, que em grego significa 'da guia'. Assim surgiu o título mariano 'Odighitria' que em grego quer dizer 'Ela que indica o Caminho'.


Porém, para alguns estudiosos ele derivaria do fato que os guias, ou melhor os 'odighos', dos exércitos se recolhiam neste mosteiro para rezar; para outros, seria por causa do nome da igreja de Constantinopla que conservava o ícone da venerada imagem mariana, obra de São Lucas.


Contudo, para a tradição este título se refere de fato ao milagre atribuído à Virgem Maria, que guiou dois cegos até a sua igreja em Constantinopla onde recuperaram a visão.


Só com o tempo 'Odighitria' adquiriu um significado exclusivo para este ícone, em função da posição do braço de Maria que indica o Filho como: 'Caminho, Verdade e Vida'.


A partir de 716, quando o imperador Leão III, o Isauriano, assumiu o trono, esquecido das graças obtidas por intercessão da Santíssima Virgem, iniciou a perseguição às imagens sagradas.


Mas esta devoção já havia se espalhou por toda a cristandade do Ocidente, que em muitos lugares recebeu o título de Nossa Senhora de Constantinopla.


No sul da Itália, em Bari, cidade vizinha de Nápoles, o título grego foi abreviado para Idria ou Itria. Os registros antigos mostram que no século VIII, dois sacerdotes com receio da destruição da cópia do ícone de Constantinopla, venerado pelo povo barese como Santíssima Maria de Idria, embarcam para Roma, levando o ícone escondido. Mas uma tempestade impediu o navio de partir e a imagem retornou para a igreja. Hoje a população de Bari a festeja como Padroeira da cidade. A cópia deste ícone que se encontra na Catedral de Bari, se tornou a relíquia mais antiga desta invocação mariana, existente em todo mundo.



Nossa Senhora do Trabalho


O dia de Nossa Senhora do Trabalho se comemora no dia 5 de maio.

Esta devoção foi criada pelo Beato Guanella, fundador de duas congregações: Servos da Caridade e Filhas de Santa Maria da Providência.

A sua oração é utilizada por desempregados que precisam arrumar um emprego ou que querem fazer este pedido para alguém.



Oração a Nossa Senhora do Trabalho

Salve Virgem Maria, nossa querida mãe e padroeira!
Como filhos, nos dirigimos a Vós com toda a confiança, implorando a Vossa benção, de modo especial pelos nossos trabalhadores, por todos aqueles que labutam no dia-a-dia para conseguir o sustento da própria família.

Concedei-nos, nós Vos pedimos, que este labor seja dignificante, de modo a favorecer vossos filhos.

Que haja muita consciência da nobreza do trabalho e que nenhum de nossos irmãos seja explorado pela ganância de riquezas.

Abençoai, ó Virgem do trabalho, nossa comunidade, nossas famílias e a cada um de nós.

Que saibamos sempre honrar-vos neste Vosso Santuário como filhos devotos e obedientes. Intercedei, junto ao Vosso Filho Jesus, concedendo-nos vocações sacerdotais e religiosas e a perseverança final.

Assim seja. Amém!!


ORAÇÃO DO DESEMPREGADO

Ó mãe amável. Nossa Senhora do Trabalho!

Prostrado aos vossos pés, suplico-vos, humildemente, olhai com bondade para este vosso servo desempregado.

Minha situação é muito difícil.

Não sei mais a quem recorrer.

Tudo é insegurança e escuridão ao meu redor.

Por isso, estou em busca de uma luz.

Sei que posso encontrá-la batendo à porta do vosso coração.

Quem recorre à vós não fica de mãos vazias, desprotegido, pois sinto que encontro segurança em vossas mãos sob o vosso olhar de ternura e abrigado por vosso manto protetor.

Aceitai portanto meu apelo concedendo-me a graça de um emprego.

Preciso trabalhar!

Prometo-vos que o meu coração estará sempre aberto àqueles que precisarem de minha ajuda.

Muito obrigado ó mãe do Divino Trabalhador por ouvirdes minha oração.

Amém.

* Rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria.


ORAÇÃO PELOS DESEMPREGADOS DO BRASIL

Pai Nosso que estais no céu, olhai para todos os desempregados brasileiros, e iluminai todos aqueles que estão dispostos a ajudar com palavras e gestos.

Ó! Deus! Nós queremos que todos aqueles que estão desempregados, não desanimem e nem se desesperem, e não façam nada contra a Vossa vontade, e que tenham forças para lutar por um emprego.

Ó Deus! Nós pedimos que nos proteja nesta caminhada tão difícil, rumo a um trabalho digno.

Pedimos também, a Vossa ajuda para todas as famílias dos desempregados do Brasil, que estão passando por muitas necessidades por causa do desemprego.

Amém.



Nossa Senhora de Coromoto


No ano de 1652, Nossa Senhora de Coromoto apareceu aos índios do mesmo nome. Foi declarada Padroeira da Venezuela pelo Episcopado venezuelano no dia primeiro de maio de 1942.

O papa Pio XII a declarou 'Celeste e Principal Padroeira de toda a República da Venezuela' no dia 7 de outubro de 1944. O Santuário Nacional está construído no local da aparição, perto da cidade de Guanaguanare.

O Papa João Paulo II, em fevereiro de 1996, abençoou pessoalmente este Santuário. Entre os índios que habitavam a região de Guanaguanare, havia um grupo conhecido como 'Coromotos'.

Quando chegaram os colonizadores espanhóis, os Coromotos se embrenharam na selva, montanhas e vales situados a noroeste da cidade de Guanare, nas fontes e margens dos rios Tucupido e Anos.Os Coromotos moraram muito tempo nesses lugares distantes e sua memória foi sendo perdida, até que chegou o momento de sua conversão, graças a poderosa mediação da Santíssima Virgem.

Um espanhol honrado e bom cristão, chamado Juan Sánchez, possuía as férteis terras de Soropo, situadas a quatro ou cinco léguas de Ganare. A ele se uniram para trabalhar a terra e tratar do gado dois colonizadores: Juan Sibrián e Bartolomé ánchez.Descansando de uma longa viagem em certo dia, do ano de 1651, o Cacique dos Coromotos, acompanhado de sua mulher e filhos, eis que lhes aparece uma formosíssima Senhora de incomparável beleza, que trazia em seus braços um preciosíssimo Menino, caminhando sobre as cristalinas águas da corrente.

Maravilhados, contemplam a majestosa Dama; esta lhes sorri amorosamente e fala ao Cacique em sua própria língua, dizendo-lhe que ali fora procurar água para colocar sobre a cabeça e assim poder subir aos céus. Estas palavras foram ditas com tal unção e força que comoveram o coração do Cacique.

Ele se dispôs a cumprir os desejos de tão encantadora Senhora...No mês de novembro do citado ano, Juan Sánchez passava perto daquela região seguindo a estrada denominada 'Cauro', quando ia em viagem para El Tocuyo. A certa altura, encontra o chefe dos Coromotos, que lhe conta que uma belíssima Mulher, com uma criancinha formosa havia-lhe aparecido pedindo-lhe que fosse ao local onde moravam os brancos para buscar água para molhar sua cabeça, antes de ir para o céu. E acrescentou o Cacique que tanto ele como todos os de sua tribo estavam dispostos a atender os desejos de tão excelsa senhora.

Juan Sánchez, gratamente surpreendido pelo relato do índio, disse-lhe que estava indo de viagem para um povoado chamado El Tocuyo. A oito dias estaria de volta. Quando retornou, Juan Sánchez juntou-se aos Coromotos. Toda tribo partiu com o espanhol.Seguindo as indicações de Juan Sánchez, a caravana se deteve no ângulo formado pela confluência dos rios Tucupido e Guanaguanare, num lugar que foi chamado de Coromoto. Juan Sánchez foi imediatamente à vila do Espírito Santo de Guanaguanare e avisou as autoridades sobre o ocorrido.

Os alcaides Dom Baltazar Rivero De Losada e Dom Salvador Serrada Centeno, que governavam a Vila, dispuseram que os índios permanecessem em Coromoto e ofereceram-lhes Juan Sánchez para demarcar terras para seus trabalhos e para doutriná-los nos rudimentos da religião cristã.

O abnegado espanhol cumpriu sua missão cuidadosamente, fazendo de tudo para tornar feliz a permanência dos índios naquela região.Os indígenas construíram seus ranchos, receberam as terras e, contentes, ouviam as explicações doutrinárias que lhes dava o espanhol, ajudado por sua esposa e os outros dois companheiros. Este trabalho apostólico foi sendo coroado de êxito.

Pouco a pouco os índios iam sendo batizados. O Cacique, a princípio, assistia com gosto às instruções, mas começou a se desgostar e a sentir falta de seus bosques. Não mais freqüentou as reuniões promovidas por Juan, não quis mais aprender a doutrina cristã e se recusou a ser batizado.

No dia 8 de setembro de 1652, Juan Sánchez convidou os índios que trabalhavam em Soropo para assistirem a alguns atos religiosos que haviam sido preparados. O Cacique Coromoto recusou este convite. Ainda assim, seus companheiros honraram com humildes preces a Virgem. Isso deixou o Cacique enraivecido que fugiu para Coromoto. A cabana do Cacique era a maior entre todas as choças indígenas, mas era pequena e pobre em comparação às casas dos espanhóis.

Naquela noite se encontravam na cabana uma irmã do Cacique, chamada Isabel e seu filho, de doze anos e outras duas índias. O Cacique Coromoto chegou muito triste e calado. Imediatamente deitou-se na esteira.Vendo o seu estado, ninguém lhe dirigiu a palavra. Passou-se um longo tempo de silêncio. O Cacique tentava dormir, mas dentro de sua memória não saía aquela Senhora. Ouvia sua doce, contudo, outros pensamentos turvavam seu triste e melancólico caráter: seu orgulho humilhado pela obediência e sua desenfreada liberdade, clamava por uma completa emancipação; certa raiva interna e inexplicável lhe pintava o batismo e a vida dos branco como insuportáveis. Em poucos minutos, a Virgem Santíssima apareceu na cabana do Cacique, em meio a invisíveis legiões de anjos que formavam seu cortejo. Dela saíam raios de luz que inundaram a choça. Segundo o testemunho da índia Isabel a luz era tão potente que parecia a luz do sol ao meio-dia.

Mas não cansava a visão daqueles que a contemplavam tão grande maravilha. O Cacique reconheceu a mesma bela mulher que, meses antes, contemplara sobre as águas. O índio pensava, provavelmente, que a Senhora viera reprovar seu comportamento. Passados alguns segundos, o Cacique rompeu o silêncio e dirigindo-se à Senhora disse enfurecido: Até quando irás me perseguir?' Estas palavras impensadas e desrespeitosas mortificaram a esposa do Cacique, que o consolou: 'Não fales assim com a bela mulher. Não tenhas tanto mal em teu coração'. O Cacique, encolerizou-se e não pôde mais suportar a presença da Divina Senhora que permanecia à porta dirigindo-lhe um olhar tão terno e carinhoso, capaz de comover o coração mais duro.

Desesperado, o Cacique saca de um arco com uma flecha e chegando ao auge de sua loucura ameaça matá-la. Nesse instante, a Excelsa Senhora entra na choça, sorridente e serena, aproxima-se dele que lança o arco contra o chão. O Cacique tenta abraçar a Senhora que desaparece, deixando a cabana iluminada apenas pela luz do fogão. Fora de si e mudo de terror, ele ficou alguns minutos imóvel, com os braços estendidos e entrelaçados, na mesma posição em que estavam quando tentara agarrar a Virgem. Ele tinha uma mão aberta e a outra fechada, que apertava o máximo. Ele sentia que a bela mulher a havia fechado.

Cheio de temor, o índio disse à sua mulher: 'Aqui a tenho!'. As mulheres disseram em coro: 'Mostre-nos'. O Cacique abriu a sua mão e os quatro indígenas reconheceram ser aquela uma imagem e acreditaram que era a 'Bela Mulher'. Quando o índio abriu a mão, a pequena imagem lançou raios luminosos que causaram grande esplendor. O Cacique começou a suar frio. Com a mesma fúria de antes, envolve a milagrosa imagem em uma folha e a esconde no teto de palha de sua casa dizendo: 'Aí tu te queimarás, para que me deixes'.

O indiozinho, que interiormente desaprovava a torpe conduta do tio, prestou bem atenção no esconderijo da imagem e resolveu avisar Juan Sánchez sobre o que ocorrera. Escapou da casa por volta da meia-noite em direção a Soropo, enfrentando com coragem todos os riscos. Ao chegar, todos dormiam. Ele sentou-se à beira da porta e esperou o amanhecer. A esposa de Juan Sánchez, ao abrir a porta de sua casa na madrugada do domingo, surpreendeu-se ao ver o menino. Ele contou-lhe tudo que havia acontecido. A mulher chamou o marido. Juan sorriu e não deu crédito ao relato do indiozinho, que repetiu sua história veementemente: 'Podem ir a Coromoto agora mesmo e vocês irão comprovar o que digo'. Bartolomé Sánchez, Juan Sibrián, Juan Sánchez e o indiozinho se puseram sem demora a caminho de Coromoto.

Quando chegaram perto do povoado os três espanhóis se esconderam a três quadras da casa. O menino se encarregou de ir à choça do tio apanhar a imagem. Felizmente, o Cacique e as duas mulheres estavam fora da casa. Sem que ninguém o visse, o menino entrou na casa. Com o coração em júbilo pegou a imagem e a levou para Juan que, ao recebê-la, sentiu profunda emoção. Na imagem reconhecera a efígie de Maria Santíssima, a Mãe de Deus.

Com muito respeito a colocou em um relicário de prata que costumava carregar. Retornando à sua casa em Soropo, Juan Sánchez colocou a pequena imagem, que já começava a ser chamada de Nossa Senhora de Coromoto, em um altarzinho, alumiando-a com uma vela de cera escura. Esta humilde luminária ardeu dia e noite, sem consumir-se desde as doze horas da noite de domingo até à tarde de terça-feira. Este fato foi declarado milagroso, pois o pedaço de vela deveria arder, no máximo, uma meia hora.

Terça-feira, à tarde, Juan Sánchez foi à Vila de Guanaguanare (Guanare) onde revelou ao Padre Dom Diego Lozano, tudo quanto sabia sobre a imagem. Mas este não lhe deu crédito, dizendo que aquela estampa deveria ser obra de algum viajante. Juan Sánchez, sem se lastimar por isso, regressou feliz a Soropo, pois comprara o necessário para manter uma lamparina acesa diante da imagem, que ficou em sua casa até primeiro de fevereiro de 164, isto é, um ano e quatro meses.

No dia 9 de setembro, domingo, o Cacique resolveu ir aos montes com alguns índios. Mal entrou no bosque foi mordido por uma cobra. Vendo-se mortalmente ferido e reconhecendo no acontecimento um castigo do céu pela sua péssima conduta com relação à Senhora, começou a se arrepender, pedindo em altos gritos que lhe administrassem o Batismo.

A casa de Juan Sánchez se transformou num pequeno santuário. Para aí acorreu toda a população de Guanare atraída pelos milagres, graças e favores que eram alcançados por intercessão de Nossa Senhora de Coromoto.

No dia primero de fevereiro de 1654 a imagem foi trasladada solenemente para a igreja de Guanare por ordem do pároco Diego de Lozano. A devoção popular foi crescendo espantosamente até a coroação pontifícia em 1952.

A força histórica do fato coromotano repousa principalmente no testemunho do povo. Uma tradição jamais interrompida. Na década dos anos 20, houve um evidente ressurgir do movimento coromotano, mas não se pode dizer que tenha sido o ressurgir de algo morto, pois desde sua aparição até os nossos dias, o povo da Venezuela jamais deixou de peregrinar a Guanare para honrar sua padroeira.

Atualmente pode-se afirmar que não existe um só templo católico venezuelano que não possua uma imagem de Nossa Senhora de Coromoto, sempre amada e homenageada pelos fiéis.

Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos


Na situação de angústia, sofrimento e solidão, o ser humano necessita de ajuda.

Encontramos na Bíblia, inúmeras passagens onde pessoas, em situação de sofrimento, sentem em Deus amparo e refúgio: “Não tenhas medo, estarei contigo”. Não te deixarei. Sê forte. Não olhes para trás”.

O alento pela fé em Deus, transforma-se em esperança e ternura de pai e mãe. “Estive preocupado contigo, desde quando estavas no ventre de tua mãe. Amei-te com amor eterno”. Deus vem ao nosso encontro com palavras imensamente consoladoras: “Lázaro recebeu males. Agora, porém, ele encontra consolo aqui” (Lc 16,25). No sermão das bem-aventuranças, Jesus proclama: “Felizes os aflitos, porque serão consolados” (Mt 5,4).

Jesus nos revelou o Pai e nos deu por mãe a Sua Mãe (Jo 19,26s). As grandes virtudes de Maria são proclamadas na Ladainha de Nossa Senhora, com cinqüenta invocações, entre elas está a Consoladora dos Aflitos.

O Padre Narciso Zanatta, quando ainda seminarista, teve sérios problemas de saúde que o ameaçava de prosseguir em seus estudos para o sacerdócio. Orientado pelos superiores (Padres Jesuítas), apegou-se à oração e rezando a Ladainha de Nossa Senhora, a Ela recorreu com a invocação de Consoladora dos Aflitos. Em pouco tempo, recuperou plenamente a saúde. Em sinal de gratidão, assumiu o compromisso de que, em todos os lugares onde fosse trabalhar, iria propagar a devoção a Maria com o título de Consoladora dos Aflitos.

Em 11 de abril de 1947, já no final de seus estudos, o Bispo de Vacaria-RS, Dom Cândido Maria Bampi, escreveu-lhe uma carta “...Se às vezes as amarguras da vida e o peso da cruz espremem o sangue do coração, acharás ao seu lado uma Mãe carinhosa e poderosa, a Divina Consoladora, a quem nunca ninguém recorreu em vão... Caríssimo Narciso, seja merecedor do carinho da Virgem Santíssima pelo seu amor a essa querida Mãe. Continues, pois, corajosamente os seus estudos. Cuide de sua saúde. Cultive acima de tudo a vida espiritual, que é o requisito soberano para um seminarista, futuro ministro de Deus. O fruto de seu ministério sacerdotal dependerá mais de sua santidade do que de sua ciência, embora a ciência seja indispensável ao sacerdote...”

Nomeado para trabalhar na Paróquia de Santa Filomena de Ibiaçá, Diocese de Vacaria-RS, tomou posse no dia 10 de fevereiro de 1952. Tratou logo de introduzir a devoção a Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos.

No dia 25 de maio de 1952, realizou a primeira Romaria. Na oportunidade foi introduzida, apresentada e abençoada a imagem de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos. Sendo que, neste dia, muitas pessoas alcançaram graças. Através dessas pessoas, recorrendo a Mãe Consoladora, difundiu-se rapidamente esta devoção em todo o sul do Brasil, Paraguai e Argentina.

fonte:cancaonova.com




ORAÇÃO A NOSSA SENHORA CONSOLADORA
Mãe Consoladora, ajuda-nos para que consigamos ter um mínimo de tranqüilidade em meio a tanta agitação. Que entendamos que a maior riqueza está nas coisas da alma e do coração. Que consigamos dar imensa importância à simples flor, aos pequenos gestos ou ao mais singelo sorriso do irmão que por nós passa.

Mãe Consoladora que sejamos fortes para ajudar os fracos. Semeia em nossa alma a paz, para que possamos transmiti-la a tantos que não atêm. Que da saudade façamos a canção em cuja letra conversemos contigo, para cantando, pedir-te, ainda que em espírito, o regresso de quem partiu.

Mãe Consoladora, que possamos sentir-te quando a queda nos fizer sofrer, para que após consigamos retomar o caminho. Que tua graça e tua benção envolvam e fortaleçam os que estão doentes.

Mãe consoladora faz com que poluamos menos nossos rios, destruamos menos nossas florestas, deixemos em paz nossos pássaros, respeitemos mais o ser humano, conversemos mais com nossos filhos, amemos mais nossa família. Que nossa vida seja marcada pela vontade do passo a mais, do amor maior, da humildade que constrói muito mais do que a arrogância. Que ao final de cada dia possamos fazer de todo e qualquer ato uma prece num encontro festivo, num misto de presente, passado e futuro de saudade e esperança.

Faz, Mãe Consoladora, que os pequeninos sejam em nós um exemplo. Que por onde passarmos possamos pagar pelo tanto que nos deste mostrando que a gratidão não tem limites.

Por tudo Mãe Consoladora, estamos agradecidos pois cada segundo de nossas vidas fazem parte da eternidade que nos honrastes viver.

Amém

Nossa Senhora da Luz


Na época das grandes viagens marítimas, para a conquista da África, surgiu a devoção a Nossa Senhora da Luz, em Portugal.

Ela começou em 1453, com Pedro Martins, nascido em Carmide, uma aldeia perto de Lisboa. Diz a tradição que ele trabalhava na pequena propriedade herdada por sua mulher, quando foi raptado por piratas muçulmanos, que às vezes invadiam as terras cristãs.

Desde então a população de Carmide presenciou, durante trinta dias seguidos, a aparição de uma estranha luz sobre a fonte do Machado. Enquanto isso, Pedro Martins aguardava na prisão africana, o pagamento do resgate pedido à sua família, pelos piratas infiéis. Mas ele sabia que eles não receberiam nada, pois era muito pobre. Não teve dúvida, começou a rezar pela ajuda e intercessão da Virgem Maria, amparo dos aflitos, da qual era fiel devoto.

Em suas preces pedia para sair daquele lugar e voltar para sua família, em Carmide. A partir de então, Nossa Senhora passou a lhe aparecer em sonho durante trinta dias seguidos. No último sonho, Ela o avisou que no dia seguinte acordaria na sua aldeia. Mas ainda lhe disse que teria de procurar uma imagem escondida num local que seria sinalizado por uma luz, onde depois deveria erguer uma capela. Tudo aconteceu como Nossa Senhora dissera. Pedro encontrou a imagem perto da fonte do Machado onde a estranha luz aparecera, e essa notícia logo se espalhou.

O povo passou a invocar a imagem com o título de Nossa senhora da Luz. Enquanto Pedro obteve permissão do Bispo de Lisboa, para erguer uma capela no local onde encontrara a imagem.

Mais tarde a capela foi reformada e se tornou um belíssimo templo, inaugurado oficialmente em 1596. A festa de Nossa Senhora da Luz é celerada no dia 08 de setembro.

No Brasil, a primeira capela dedicada à Ela foi construída em 1580, no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo. Essa igreja foi citada em várias cartas do Padre José de Anchieta. Porém, em 1603 a capela foi transferida para o atual bairro da Luz. Depois ao lado da igreja foi construído o Convento das religiosas do Recolhimento da Luz. Hoje a igreja e o convento são patrimônios tombados e abriga o Museu de Arte Sacra de São Paulo que conserva a mais antiga imagem de Nossa Senhora da Luz, dentre outras relíquias.


Nossa Senhora de Montligeon


O lugar deslumbra. Imagine você passeando pelos campos da Normandia, na França. E ao fazer uma curva na estrada você se depara com uma basílica imponente. Assim é o Santuário de, onde todos os dias desde o século XIX, reza-se pelos fiéis defuntos. E onde as pessoas podem ouvir uma palavra de reconforto pela perda de um ente querido.

O nascimento do Santuário está ligado à história de um padre, O Père Paul Buguet . Dois anos antes de ser nomeado pároco dessa pequena cidade. O Padre Buguet, ainda jovem sacerdote estava profundamente aflito por três falecimentos que tinham ocorrido em sua família.

No dia 1 de novembro de 1876, seu irmão Augusto foi esmagado pela queda de um sino da Igreja de Nossa Senhora de Mortagne. “E sua alma?” pensava então o jovem padre. Esse acidente trágico foi seguido pela morte de duas sobrinhas, de 12 e 16 anos. “A necessidade de aliviar as almas do purgatório .... É preciso que eu trabalhe por libertar essas almas”, anotou ele em seu diário.

A idéia de criar uma ordem para esse fim, germina então em seu espírito. E ela vai se tornar realidade em La Chapelle-Montligeon. Uma das preocupações do Padre era a de rezar e fazer rezar por todos os defuntos, sobrertudo por aqueles que não têm quem reza por eles .

Depois de varias providências, obteve a aprovação do Bispo de sua diocese para os estatutos de sua associação. Tornoou-se como ele mesmo dizia o emissário das almas do purgatório, indo de diocese em diocese para construir sua obra..

Em 1887, ele se lança a uma nova aventura: “Procuro conciliar essa dupla finalidade: propagar a oração pelas almas do purgaório e por outro lado, obter por meio delas um meio de fazer viver o operário. Com eleito, tendo chegado a Montligeon, ele ficou tocado pela pobreza material e humana dos habitantes da cidade. Ele fundou então uma gráfica para publicar boletins da obra e dar empregos dessa forma.

Em 1887, após a primeira peregrinação organizada ao local , o fluxo de peregrinos começou a crescer de toda a Franca e do exterior. O renome de Nossa Senhora de Montligeon estendeu-se pouco a pouco pelo mundo. Em sua obra o Pe. Buguet foi encorajado pelo Papa Leão XIII.

Dia 4 de junho de 1896, a primeira pedra da futura basílica foi benta.

Em maio de 1905, o coro e a nave principal foram terminadas.

A primeira missa foi celebrada em 1 de junho de 1911.

A 14 de junho de 1918 faleceu o Pe. Buguet.

Nossa Senhora das Dores


Nunca mais em sua vida, ela poderia fechar os olhos, sem se lembrar do olhar do Filho, pedindo na cruz, fixo no seu, buscando forças para uma última recomendação.

Seus ouvidos nunca mais se esqueceriam daquele grito de entrega que cortou os céus, que fendeu a terra, sulcando-a com sofreguidão.

Nunca mais se apagariam as manchas daquele sangue tão amado, que se atacava às suas vestes como, um dia, estivera seguro em suas entranha.
Era sábado, e a Mãe estava num canto da casa. Sentado junto à janela, ela contemplava o céu. O olhar perdido.Haviam levado o seu Filho.Aquele mesmo filho que, numa noite fria, entre palhas e trapos, viera ao mundo e iluminara toda sua vida, que a surpreendia a cada instante pelas respostas tão cheias de sabedoria, pela obediência tão dócil, pela bondade tão infinita e sincera, pela desenvoltura e firmeza em frente à Lei, aos absurdos da Lei, às injustiças, às dores de todos os tipos e causas. Nada lhe era indiferente.E ela o amava reverentemente, como mãe e como serva. Como só ela podia entender. Segredos entre Maria e seu Deus.

Naquela noite, ela estava só. No colo, a coroa do seu Cristo Rei, cheia de espinhos embebidos de sangue.As palavras do velho Simeão, pareciam ouvi-las naquele instante a prometer-lhe o gládio no peito.E ela sentia que a espada havia sido fincada até a ultima célula de seu ser. Mãe dolorosa! Ninguém conseguia removê-la daquela cadeira junto à janela.Ela permanecia à espreita.Desde sempre ela soube como seria a história do Messias, do Servo sofredor, do Cordeiro de Deus. Ela sabia que lhe arrancariam a barba, que lhe cuspiriam no rosto, que lhe sorteariam a veste...Ela sabia que Ele salvaria o mundo e... ressuscitaria.Maria estava à espera da ressurreição! E aguardava o Filho com a mesma ansiedade com que esperava voltar do poço, ainda pequeno, com o balde cheio de água fresca e um sorriso farto; ou voltar, já grande, de Jerusalém ou de Carfanaum, com as roupas carregadas de pó e o coração de alegrias. Ela esperava e enfrentou a vigília da noite, como tantos anos antes, enfrentara a estrada que ia até Belém. Longa noite...

Mergulhada em seu Deus e Senhor, ela teve tempo para vasculhar o céu à procura da estrela de Belém. Sim, ela ainda brilhava mais do que todas as outras, cintilava, reluzia, quase crepitava como uma labareda na noite longa e escura.Era uma questão de horas. Como ela, um dia, o universo contorcia-se de dor e da mais profunda felicidade, pois o Filho iria ressuscitar.

Ela bem sabia, desde aquele dia da encarnação, que Deus não se manifestava violentamente. Por isso, ela não ouviu a pedra rolar, a terra tremer.Era uma questão de horas.Mas quando o vento manso da aurora sacudiu as primeiras folhas e um raio fúlgido, tênue e cristalino surgiram no céu, ela soube, com toda certeza, que ele estava vivo.

Como o sol atravessa o puro cristal, a Mãe teve seu Filho de volta. Ressuscitado. Glorioso. Mas, seu Filho.Como foi o encontro, não é possível explicar: uma questão de mistério, de segredos entre uma mãe e seu filho, entre Deus e Maria, entre o Senhor e sua Serva.

Exultam o céu e a terra em Deus, nosso Salvador!


Imaculado Coração de Maria



Maria, Mãe de Jesus e Nossa, nos mostra seu Imaculado Coração.

Um coração que arde de amor divino, que rodeado de rosas brancas nos mostra sua pureza total, e que atravessado por uma espada nos convida a viver o caminho da dolorosa alegria. A festa de seu Imaculado Coraçãonos remete de maneira direta e misteriorsa ao Sagrado Coração de Jesus. E é porque em Maria tudo nos orienta a seu Filho.


Os Corações de Jesus e Maria estão maravilhosamente unidos no tempo e na eternidade.A Igreja nos ensina que o modo mais seguro de chegar a Jesus é por meio de sua Mãe.

Por isso nos Consagramos ao Coração de Jesus por meio do Coração de Maria. Isto se faz na liturgia, ao celebrar as festas de maneira consecutiva, sexta e sábado respectivamente, na semana seguinte a Corpus Christi Santa María, Medianeira de todas as graças, nos convida a confiar em seu amor maternal, a dirigir nossas preces pedindo a seu Imaculado Coração que nos ajude a nos conformarmos com seu Filho Jesus.

Venerar seu Imaculado Coração significa, pois, não somente reverenciar o coração físico, mas também sua pessoa como fonte e fundamento de todas as virtudes.

Veneramos expressamente seu Coração como símbolo de seu amor a Deus e aos demais.

(Fonte: ACI )


Nossa Senhora do Bom Conselho



Dia 26 de abril celebra-se a festa de Nossa Senhora do Bom Conselho .

Contaremos a história da imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano.

Com o advento dos imperadores cristãos, Genazzano foi doada aos papas, e Sixto III fez logo edificar, ao lado do convento dos padres agostinianos, uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho.

Desde então os dias 25 e 26 de abril não eram mais profanados por festas e cultos aos deuses pagãos. Foram subsituidas por festas ao ar livre, segundo o costume do povo, mas ao mesmo tempo santificados pela devoção à padroeira da cidade.

Com o correr do tempo, a velha igreja ficou em ruínas, mas os habitantes de Genazzano, por falta de recursos, não podiam construir a Igreja nova , nem mesmo reformar a antiga.Porém uma viúva rica, chamada Pedrina, muito devota de Nossa Senhora do Bom Conselho, tomou coragem e empreendeu a construção, confiando unicamente na Providência Divina e na proteção da Rainha do Céu.

Aos que zombavam de sua confiança, tentando dissuadi-la do empreendimento , a valorosa senhora respondia: 'Não tenham cuidado, pois a Santíssima Virgem e o santo padre Agostinho (de cuja ordem ela era irmã terceira) hão de levar a cabo os meus trabalhos, e dão-me a doce confiança de ver em breve coroados felizmente os meus esforços'.

No ano de 1467, no pontificado de Paulo II (1464-1471), por vários motivos estavam suspensas as obras do templo, e eis que justamente no dia 25 de abril, dia em que em Genazzano se celebrava a feira pública que substituiu a festa das flores dos pagãos, feira essa festejada sempre com grande afluência de povo, repentinamente uma nuvem em forma de coluna apareceu no ar e, baixando , encostou-se a uma das paredes mais elevadas da construção, e dissipou-se, aparecendo então, pintada a fresco, uma imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho.

Os sinos por si sós repicavam festivamente, como que anunciando o extraordinário acontecimento.Todos perguntavam, admirados, de onde teria vindo aquele quadro, cuja aparição atraiu logo a Genazzano enorme multidão de forasteiros, entre os quais apareceram dois albaneses, Solavis e Georgi, que, chegando ao lugar do milagre, manifestaram grande alegria, o que chamou a atenção dos circunstantes.Foram por isso interrogados e então contaram, sob juramento, que já tinham venerado aquela imagem em uma igreja da Albânia. Acrescentaram que, ao saírem de sua terra, então dominada pelos turcos, viram-na destacar-se da parede e, rodeada por uma nuvem, tomar o rumo da Itália.

Impelidos a acompanhá-la, entraram confiadamente no mar, atravessando-o por sobre as ondas, a pé enxuto, e, sempre guiados pela nuvem, chegaram às vizinhanças de Roma, onde a perderam de vista.Logo que desvendaram a misteriosa aparição, redobraram as demonstrações de devoção e alegria, de tal modo que, pouco meses depois, foi continuado e concluído o templo iniciado por Pedrina, o qual se tornou um centro de peregrinações para o povo católico.

Nossa Senhora do Bom Conselho é a padroeira da Província Jesuíta do Brasil Central.

A graça de uma feliz escolha de estado é a graça por excelência de Nossa Senhora do Bom Conselho.

(Fonte: Hartland)


Nossa Senhora da Paz


Segundo a tradição, no ano de 1682, alguns mercadores encontraram na vila do Mar do Sul salvadorenho uma caixa abandonada; tão bem fechada que não conseguiram abri-la com ferramentas. Certos de que continha algum objeto valioso, levaram-na para a cidade de São Miguel, onde encontrariam ferramentas para abri-la.

Puseram a caixa no lombo de um burro e iniciaram uma longa e perigosa viagem até chegarem à cidade no dia 21 de novembro. Visando garantir a posse do provável tesouro, dirigiram-se primeiramente às autoridades do lugar para lhes comunicar o achado; ao passarem diante da igreja paroquial, hoje Catedral, o burro deitou-se por terra decidido a não mais se levantar.

Sem nenhum esforço conseguiram abrir a caixa que continha uma formosa imagem de Nossa Senhora com o Menino nos braços. A origem da imagem permanece misteriosa e envolta em lenda. Nunca se pôde descobrir qual seria o destino daquela caixa, nem como chegou ao território salvadorenho. Conta-se que no momento em que retiravam a imagem ocorria uma violenta luta entre os habitantes da região. Ao terem notícia do milagroso achado, todos depuseram as armas e imediatamente cessaram as hostilidades; também se relata que nas lutas fratricidas de 1883, o lado vitorioso, em vez de promover represálias, como se esperava, fez colocar a abençoada imagem no átrio da paróquia e, aos pés de Maria, jurou solenemente não guardar rancores e extirpar o ódio dos corações para que a paz gerasse fraternidade e reconciliação. Por isso deram à imagem o título de Nossa Senhora da Paz, cuja festa é celebrada no dia 21 de novembro, para recordar sua chegada a São Miguel.

A imagem é de tamanho regular. Talhada em madeira e vestida de roupas brancas, tem à frente um bordado com o escudo nacional da República de Salvador. A imagem tem na mão uma palma de ouro, como lembrança da erupção do vulcão Chaparrastique, que ameaçou transformar a cidade num mar de lava ardente. Os atemorizados habitantes de São Miguel colocaram a imagem de Nossa Senhora da Paz na porta principal da Catedral e no mesmo instante a forte corrente de lava mudou de direção, afastando-se da cidade.

No ponto exato onde a lava mudou seu rumo há um povoado chamado 'Milagro de la Paz'. Isto ocorreu no dia 21 de setembro de 1787. Neste dia todos testemunharam que a fumaça que saia do vulcão formava uma palma. Vendo nisto um sinal da proteção da Virgem, o povo resolveu colocar em sua mão uma palma de ouro, semelhante a que contemplaram no céu.

A coroação canônica da imagem ocorreu no dia 21 de novembro de 1921. O ourives que confeccionou a coroa da Virgem empregou 650 gramas de ouro e muitas pedras preciosas, entre as quais se destaca uma grande esmeralda cercada de brilhantes.

A nova Igreja dedicado a Nossa Senhora da Paz foi concluído em 1953.

(O texto acima foi selecioonado do site, NOSSA SENHORA DE TODOS OS POVOS)


Nuestra Señora de Suyapa


A pequenina imagem de Nossa Senhora da Conceição de Suyapa foi achada num sábado do mês de fevereiro, por Alejandro Colindres, um jovem a humilde lavrador e por um menino de 8 anos chamado Jorge Martinez, que voltavam à aldeia de Suyapa, cansados de pois de um dia inteiro de trabalho na colheita de trigo.

Já estavam na metade do caminho quanto anoiteceu. Deitaram-se no solo duro para passar a noite. Alejandro sentiu que um objeto duro não deixava que recostasse as costas. No escuro tomou o objeto e o arremessou para longe. Curiosamente ao recostar-se novamente sentiu que o mesmo objeto o incomodava. Mas dessa vez não o arremessou e sim o guardou em sua mochila.

Ao amanhecer descobriu surpreso que o misterioso objeto era uma pequena imagem de Nossa Senhora entalhada em cedro, medindo 6 e meio centímetros possivelmente trabalhada com devoção por um artista piedoso.Em seu olhar angelical reflete-se a nobreza da raça indígena. Morena de rosto ovalado, com cabelos até os ombros. Tem as mãos unidas em atitude de oração. A cor original de seu vestido é rosa pálido. O conjunto, com seus resplendores lembra a mulher vestida de sol que aparece no Apocalipse.

Em 1925 Pio XII declarou Nossa Senhora de Suyapa Padroeira de Honduras e escolheu-se o dia 3 de fevereiro para sua Festa.

O primeiro milagre notável, atestado notarialmente, ocorreu o ano de 1796. A primeira ermida foi construída em 1780. João Paulo II visitou a atual Igreja, de proporções monumentais em 1983. No país dos pobres está localizado em uma das regiões mais humildes. (SCJTM)


La Divina Pastora

Um milhão e meio de Venezuelanos acorreu a pedir à Divina Pastora pela Paz. Qual é a história desta devoção?

No dia 14 de janeiro realiza-se todos os anos, desde 1856, uma das maiores e mais importantes festividades religiosas na Venezuela.

Nesta festa a imagem da Divina Pastora, padroeira do Estado de Lara, é levada de Santa Rosa até Barquisimeto ( 5 km).

Em Sevillha, por volta do ano 1703, era costume realizar-se os rosários populares em procissão pelas ruas, encabeçadas por um capuchinho de profunda devoção mariana, Frei Isidoro de Sevilha., homônimo do grande doutor da Igreja. Em sonho, ele recebeu uma revelaçào da imagem da Divina Pastora. Dias depois ele descrevia a imagem a um renomado artista plástico, Miguel Alonso de Tovar que a pintou, segundo a descrição do capuchinho. 'No centro e sob a sombra de uma árvore, irradiando de seu rosto divino amor e ternura. A túnica vermellha, o busto coberto até os calcanhares, de branco, amarrado na cintura. Um manto azul no ombro esquerdo contornará seu corpo até o direito . Terá um chapéu pastoril e junto à direita aparecerá o báculo de seu poder. Na mão esquerda sustentará o menino e pousará a mão direita sobre um cordeiro que acolhe em seu regaço.. Algumas ovelhas rodearão a Virgem, formando seu rebanho. E todas terão em suas bocas, rosas, símbolos da Ave Maria com que a veneram...'Foi chamada a Divina Pastora das Almas.

Mais tarde o catedrático de Arte da Universidade de Sevilha, Francisco Antônio Gijón, conhecido como um dos maiores escultores sevilhanos esculpiu a imagem de tamanho natural da Divina Pastora. Finalmente, em outubro de 1705 a Divina pastora é levada para sua primeira procissão solene até a igreja paroquia de Santa Marina, no momento em que se constituia sede da 'Irmandade Primitiva do Rebanho de Maria'.

A crescente devoção fez com que o Pároco da Igreja da Conceição de Barquisimeto a encomendar uma imagem da Virgem na Espanha. Ao mesmo tempo, o pároco da igreja de Santa Rosa solicita uma imagem da Imaculada Conceição. Por equivoco as caixas de onde vinham as imagens foram trocadas e foi enviada a Santa Rosa a imagem da Divina pastora. Ao dar-se conta do erro o pároco ordenou que fechassem a caixa e ordenou a uns índios que a enviassem à igreja da Conceição de Barquisimeto. Ao tentarem levantar, a caixa ficou tão pesada que ninguém conseguia levanta-la. Ao tomar conhecimento desse fato, o Pároco a quem se destinava a Imagem convenceu-se que era desejo de Nossa Senhora ficar ali.

A Imagem chegou em 1736, mas as procissão entre as duas cidades só começou em 14 de janeiro de 1856, por ocasião de uma epidemia de cólera na região, e desde então realiza-se todos os anos.Sua devoção foi muito difundida na Espanha nas missões do Beato Diego José de Cadiz. É a Padroeira das Missões dos Padres Menores Capuchinhos.


Maria Mãe de Deus


A Igreja Católica quer começar o ano pedindo a proteção da Santíssima Virgem. A festa mariana mais antiga que se conhece no Ocidente é a de 'Maria Mãe de Deus.

Já nas catacumbas, os antiquíssimos subterrâneos cavados debaixo da cidade de Roma onde se reunião os primeiros cristãos para celebrar a Missa nos tempos das perseguições, há pinturas com essa invocação : Maria, Mãe de Deus.

Se nós pudéssemos formar nossa mãe, que qualidades lhe daríamos? Pois Cristo, que é Deus, formou sua própria Mãe, e podemos imaginar que lhe deu as melhores qualidades que uma criatura humana pode ter.

Como é belo repetir o que dizia Santo Estanislau: 'A Mãe de Deus é também minha mãe'. Quem nos deu sua Mãe santíssima como nossa mãe ao dizer na Cruz ao discípulo que representava a toda a humanidade: 'Eis aqui tua Mãe', será capaz de nos negar algum favor, se o pedirmos em nome de Maria Santíssima?

Quando em 431 o herege Nestório se atreveu a dizer que Maria não era a Mãe de Deus, reuniram-se em Éfeso (cidade onde a Santíssima Virgem passou seus últimos anos na Terra) os 200 bispos do mundo e, iluminados pelo Espirito Santo declararam: 'A Virgem Maria é Mãe de Deus porque seu filho, Cristo, é Deus'. E, acompanhados por todo o povo da cidade que os rodeava, portando tochas, fizeram uma grande procissão cantando 'Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa porte. Amém'.

O título 'Mãe de Deus é o principal e o mais importante da Virgem Maria, e dele dependem todos os demais títulos e qualidades e privilégios que Ela tem.


Nossa Senhora Do Ó



O historiador mineiro Augusto de Lima Júnior encontrou no livro 'Flores de Maria', do padre Martinho da Silva, sacerdote português, as seguintes informações sobre este título mariano: 'Celebrando-se em Toledo, o Concílio Décimo, em que presidiu Santo Eugênio, arcebispo daquela igreja, se determinou que a festa da anunciação se celebrasse e se transferisse para o dia 18 de dezembro, oito dias antes do Natal; depois sucedendo no Arcebispado Santo Ildefonso, sobrinho de Santo Eugênio, e havendo disputado e convencido os hereges que queriam macular a virgindade puríssima da Mãe de Deus, ordenou que a mesma festa se celebrasse nesse dia com o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria, e como nas suas vésperas se começam a dizer as Antífonas maiores que principiam pela exclamação ou suspiro - Oh! por isso se chama a esta solenidade de Nossa Senhora do Ó'.

Em Portugal, segundo o citado historiador, fonte de nossas origens religiosas o culto de Nossa Senhora do Ó teve início em Torre Vedras, conforme narra Frei Agostinho de Santa Maria em sua obra 'Santuário Mariano'.:'Começou a celebrar a Igreja de Toledo a Expectação do Parto de Nossa Senhora, desejando imitá-la nos imensos e eternos desejos com que suspirava por ver e regalar já em seus braços ao Divino Verbo, e aproveitando-se das saudosas vozes com que o rogavam por tantos séculos os Santos Patriarcas e Profetas (como vemos naquelas sete misteriosas antífonas que começam pela letra O e de que a Igreja usa nas vésperas dos sete dias antes do nascimento de Cristo), concluía o Ofício Divino com umas vozes sem concerto nem harmonia, dizendo todo o clero e todo o povo a gritos - Ó Ó Ó...''Destes Ó Ó, teve princípio o intitular-se esta festa a festa do Ó, e também o dar-se este título à mesma Senhora em suas imagens, que era o mesmo que intitularem a Senhora em seus desejos, ou celebrar a festa dos desejos da Senhora.

A Vila de Torres Novas é povoação mui nobre e mui antiga e pelas suas boas qualidades a estimavam muito entre os mouros. Tomou-lha, El-Rei Dom Afonso Henriques no ano de 1148. El-Rei Dom Diniz a deu à Rainha Santa Isabel, quando em São Bartolomeu de Trancoso se avistou com ela.

Depois foi dos Infantes e deles passou ao Infante Dom Jorge e se conservou até aqui na Casa de Aveiro, que são os Duques de Torres Novas. Nesta Vila é tida em grande veneração uma antiga imagem da Rainha dos Anjos com o título de Ó. Também se chamou Nossa Senhora de Almonda por causa do rio Almonda, que banha aquela Vila. Chamou-se, também, da Alcaçova, por ser achada em uma gruta aonde a esconderam os cristãos na perda da Espanha, que eram umas concavidades que estavam junto aos alicerces que então se abriram por mandado Del-Rei Dom Sancho I, quando se edificou o castelo daquela Vila pelos anos de 1187.

Com esta Santa Imagem se achou também a do Santo Cristo, que hoje se venera ainda na paróquia de Santiago e outra de São Braz, ao qual se lhe edificou Ermida própria no ano de 1212, e no mesmo ano se edificou ou reedificou a igreja em que hoje é a Senhora do Ó venerada'.

Frei Agostinho assim descreve a imagem da Senhora do Ó, da sua igreja a de Torres Novas em Portugal: 'É esta santa imagem de pedra mas de singular perfeição. Tem de comprimento seis palmos. No avultado do ventre sagrado se reconhecem as esperanças do parto. Está com a mão esquerda sobre o peito e a direita tem-na estendida. Está cingida com uma correia preta lavrada na mesma pedra e na forma de que usam os filhos de meu padre Santo Agostinho'.

Outras imagens da Senhora do Ó existem em Portugal: em Elvas, em Águas Santas, junto do porto, em Viseu, em Tornar.

No Brasil, a mais antiga sede de trono da Senhora do Ó, está em Pernambuco, em Olinda. Em 28 de julho do ano de 1719, suou esta Santíssima Imagem muito copiosamente, e se viam cair de seus puríssimos olhos, grandes lágrimas, e de seu soberano rosto umas bagas como pérolas, que muitos sacerdotes a limparam com sanguinhos e com algodão. Esta grande maravilha se autenticou pelo Reverendo Cabido de Olinda e se publicou o milagre.

Estes sanguinhos e o algodão molhados naquele licor, aplicados a vários enfermos cobraram repentina saúde. E continuamente esta misericordiosa Senhora, obrando muitos e grandes milagres.

Em muitos lugares se implantou a devoção, movida pelas manifestações milagrosas da Imagem de Olinda. Entre elas cita frei Agostinho a da Ilha de Itamaracá, a de Mopubú, a de Goiana, Ipojuca, e por fim a de Nossa Senhora do Ó de São Paulo: 'Duas léguas distante da cidade de São Paulo há uma aldeia de índios nas ribeiras do rio Tietê. É este rio muito caudaloso e vai desaguar as suas correntes para a parte do Sul no Rio da Prata, abunda de ouro e suas correntes e suas águas são claras e puras, e suas margens em partes adornada de frescos arvoredos'...' Nesta aldeia se vê o santuário da Senhora do Ó ou da Esperança de seu felicíssimo parto . Esta casa da Senhora fundou o ascendente de uma família daquela cidade de São Paulo a quem chamaram os Bueno, e os seus descendentes são hoje os seus padroeiros e eles são os que fazem a festividade da Senhora o que fazem com muita grandeza, e neste dia é muito grande o concurso de devotos e de romeiros, assim da cidade de São Paulo como dos lugares circunvizinhos'.

Foi essa a origem da nossa famosa capela mineira da Senhora do Ó em Sabará, construída junto das ricas faisqueiras da Tapanhuacanga cujos restos ainda hoje se reconhecem nos terrenos adjacentes. Datando a primeira ermida muito provavelmente dos últimos anos do século dezessete, quando por ali se fixaram os Bueno de São Paulo, foi a ermida reconstruída em 1727 ou 29, já quando estávamos recebendo grandes levas de portugueses que deixavam as Índias tocados de Iá pela ocupação holandesa no Oriente.

A Capela de Nossa Senhora do Ó de Sabará é um magnífico exemplar estilo indo-português, que no Brasil tem seu centro no vale do Rio das Velhas. No meio de exuberante talha dourada sobressaem motivos pictóricos do estilo oriental, ali executados provavelmente após a reconstrução da ermida em 1727 ou 1729. Esta preciosa capela conseguiu escapar à demolição que atingiu velhas igrejas da arquidiocese de Belo Horizonte há muitas décadas e, apesar do desaparecimento de ricas jóias e alfaias que adornavam a Senhora do Ó, está hoje garantida contra os atos de vandalismo pela proteção do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Fontes:Augusto de Lima Júnior, 'História de Nossa Senhora em Minas Gerais', Imprensa Oficial, Belo Horizonte, 1956, pp. 255-265.Nilza Botelho Megale, 'Invocações da Virgem Maria no Brasil', Editora Vozes, Petrópolis, 1998, pp. 351-356.


Nossa Senhora da Divina Providência Porto Rico


Na metade do século XIX foi nomeado Bispo de Porto Rico, D.Gil Esteve y Tomás, espanhol da catalunha, que levou consigo para a ilha a devoção a Nossa Senhora da Divina Providência , cuja devoção teve origem na Itália no século XIII e depois passou para a Espanha, onde tem um Santuário em Tarragona.

D. Gil Esteve colocou muito empenho em fomentar essa devoção, reconstruiu a catedral que estava destruida e adquiriu em Barcelona uma imagem da Virgem da Divina Providência.

Levantou um altar e estabeleceu seu culto anual dia 2 de janeiro. A imagem realizada em Barcelona tem a Virgem sentada com o menino Jesus deitado em seu colo, dormindo. As mãos de Nossa Senhora se unem em oração. Esteve exposta ao culto na Catedral até 1920 quando foi substituida por outra de madeira que é a mais conhecida pelo povo portoriquenho.

A imagem original venerada pelos servos de Maria e outras ordens religiosas italianas é um óleo em que a Virgem aparece com o Menino Jesus dormindo placidamente em seus braços A Ilha de Porto Rico (chamada pelos indigenas Boriquén) foi descoberta dia 19 de novembro de 1493, quando Colombo desembarcou nela, em sua segunda viagem. Por esse motivo essa data foi escolhida para sua solenidade, em 1969, quando S.S. Paulo VI declarou Nossa Senhora da Divina Providência, como patrona da Ilha de Porto Rico.

No decreto Paulo VI indicou esta data, mudando a de 2 de janeiro, e unificando a comemoração da desoberta da Ilha com a Festa de Nossa Senhora.


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


Celebrada no dia 27 de junho.

A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nasceu de um ícone milagroso, roubado de uma igreja, na ilha de Creta, Grécia, no século XV. Trata-se de uma pintura sobre madeira, de estilo bizantino, através do qual o artista, sabendo que a verdadeira feição e a santidade de Maria e de Jesus jamais poderão ser retratadas só com mãos humanas, expressa a sua beleza e a sua mensagem em símbolos.

Nesse quadro a Virgem Maria foi representada a meio corpo, segurando o Menino Jesus nos braços. O Menino segura forte a mão da Mãe e observa assustados, dois anjos que lhe mostram os elementos de sua Paixão. São os Arcanjos Gabriel e Miguel que flutuam acima dos ombros de Maria. A belíssima obra é atribuída ao grande artista grego Andréas Ritzos daquele século e pode ter sido uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas, segundo os peritos.

Diz à tradição que no século XV, um rico comerciante se apropriou do ícone para vendê-lo em Roma. Durante a travessia do Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Uma vez em terra firme, foi para a Cidade Eterna tentar negociar o quadro. Depois de várias tentativas frustradas, acabou adoecendo. Procurou um amigo para ajudá-lo, mas logo faleceu. Antes, porém contou sobre o ícone e lhe pediu para levá-lo a uma igreja, para ser venerado outra vez pelos fiéis. A esposa do amigo não quis se desfazer da imagem. Após ficar viúva, a Virgem Maria apareceu à sua filha e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro numa igreja, entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão. Segundo a menina, o título foi citado pela Virgem sem nenhuma recomendação.

O ícone foi entronizado na igreja de São Mateus, no dia 27 de março de 1499, onde permaneceu nos três séculos seguintes. A notícia se espalhou e a devoção à Virgem do Perpétuo Socorro se propagou entre os fiéis. Em 1739, eram os agostinianos irlandeses exilados do seu país, os responsáveis dessa igreja e do convento anexo, no qual funcionava o centro de formação da sua Província, em Roma. Ali, todos encontravam paz sob a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Três décadas depois os agostinianos irlandeses foram designados para a igreja de Santa Maria em Posterula, também em Roma, e para lá também seguiu o quadro da 'Virgem de São Mateus'. Mas ali já se venerava Nossa Senhora da Graça. O ícone foi colocado na capela interna e acabou quase esquecido. Isto só não ocorreu, por causa da devoção de um agostiniano remanescente do antigo convento.

Mais tarde, já idoso ele quis cuidar para a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, não ser esquecida e contou a história do ícone milagroso a um jovem coroinha. Dois anos depois de sua morte, em 1855 os padres redentoristas compraram uma propriedade em Roma, para estabelecer a Casa Generalícia da Congregação fundada por Santo Afonso de Ligório. Mas não sabiam que aquele terreno era da antiga igreja de São Mateus, escolhida pela própria Virgem para seu santuário. No final desse ano ingressou com a primeira turma do noviciado aquele jovem coroinha.

Em 1863, já padre, ajudou os redentoristas a localizarem o ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, depois da descoberta oficial dessa devoção nos livros antigos da igreja de São Mateus. O quadro entregue pelo próprio Papa Pio I, com a especial recomendação: 'Fazei que todo o mundo A conheça', foi entronizado no altar-mor do seu atual santuário, em 1866. Outras cópias seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção a partir das novas províncias instaladas por todo o mundo. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas.